terça-feira, 9 de outubro de 2012

(a)guardo


Eu (a)guardo. Bem, como posso...
Disse hoje: “quando eu era pequena...”
Ainda sou pequena. Muito!
Caibo, enfim, no útero
E no teu olho. No canto
Coube um dia
Minha agenda está lotada (lotadaatoladalotadaatolada)
Mas o relógio continua girando igual
E os nossos são distintos
Os meus andam disformes
Terei que reaprender os fusos,
confusos
Quem dera prender o tempo
Só então ver as horas
Oras,
oiraroh-itna uos
Se a parede é a pele,
da minha caiu o pulso
O relógio de pulso
Meu coração não sabe contar minutos
Mas,
sabe
pulsar

.
.
.
Serve
para passar os minutos
Essa coisa de viver só me atrasa
Mas sei que adianta!
Eu que não sei quanto são cinco horas,
não vou entender
como se passam 10 meses
Assim, horas e meses
de diferença
Tudo bem,
a vida é ida
Eu enrolo
Não há quem desenrole
Mas se você quiser rolar comigo
Meu corpo diz ter carinho pelo seu umbigo

- empoeirado

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